Se nada fizermos, vamos ter o que merecemos ...

Na maioria das Escolas deste triste País as conversas e as preocupações dos docentes prendem-se não com serem encontradas formas de luta pelo que nos está a cair em cima,puxarmos pelos nossos direitos, sairmos da toca e da letargia em que vivemos há muitos e bons anos e afrontarmos este governo despodurado, autista, economicista e mestre da propaganda, mas estamos preocupados, dando como inevitável e irreversíveis as medidas por eles tomadas, se temos ou não os pontinhos necessários para sermos titulares, cada um olhando ainda que inconscientemente só para o seu umbigo.
Estamos pois a cair na esparrela que estes habilidosos nos montaram e que, digo eu, já sabiam que iria acontecer, tais os nosos antecedentes enquanto grupo profissional.
Na minha opinião há que inverter esta tendência, ainda é possível impedir que muitas coisas sejam postas em prática mas temos que vir para a rua e sermos nós a puxar pelos sindicatos, demasiado moles e frágeis que nem foram capazes de capitalizar uma manifestação de 20 000 professores deitando tudo a perder por não terem mais coelhos na cartola ...
Veja-se o caso das manifestações das populações em relação ao fecho das urgências, lutam pelos seus direitos e até já vem o ministro dialogar ... Não ficaram em casa, cortaram estradas, enfrentaram a polícia...não tiveram medo...
Devemos empreender um esclarecimento à população sobre o que se está a passar, intoxicada se encontra pela propaganda, pela conivência da comunicação social e de alguns arautos de pacotilha que falam do que não sabem, vir novamente para a rua mostrar o nosso descontentamento ( Foi agora realizada uma mafif de 130 000 pessoas ) e empreender outras acções que a imaginação nos dite pois como se dizia no Maio de 68, ela é a nosa liberdade.
Se não fizermos isto teremos o que merecemos.
Sindicatos, mexam-se, Companheiros ... à luta. Não se esqueçam que o Cavaco caiu com o buzinão na ponte.

( A foto é proveniente de um Blog interessante que aconselho vivamente.