sábado, novembro 28, 2009

O "Mágico" Deco


De um modo geral e salvo raras excepções, a massa associativa do FC Porto recebe muito bem os seus ex atletas quando por caprichos da competição jogam em nossa casa com outro emblema.
No entanto nunca tinha visto uma reacção como a que aconteceu no último Porto-Chelsea para a Champions League em relação a Deco, o nosso antigo "Mágico" agora a jogar pelos londrinos.
Em pleno jogo, na marcação de um canto contra nós foi imensamente aplaudido e foi cantada a música que lhe era dedicada!!!
Substituído, foi aplaudido por todo o Estádio de pé a gritar o seu nome!!!
Se o futebol tem coisas belas, este foi sem dúvida um desses momentos, para o Deco recordar para toda a vida, adeptos reconhecidos a quem sempre deu tudo à Instituição, que não forçou a saída para ganhar, como gahou, coisas importantes ao serviço do Clube do seu coração.
Foi um momento muito significativo, raro de se ver.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Esta mulher tira-me do sério...

Tenho de confessar que desde que vi Sarah Palin na campanha americana fiquei de olho nela.
Agora saiu com algum brado uma foto sua na Newsweek em traje desportivo, o que me fez reactivar o interese pela personagem.
Ao olhar para esta conservadora senhora, não posso deixar de pensar que por trás dessa fachada se esconde uma mulher fogosa, capaz de no recato da alcova desfazer de forma selvagem o seu penteado, fazer um strip à maneira sem tirar os tradicionais óculos, utilizar dirty language, usar lingerie vermelha e preta, cinto de ligas, sapatos de tacão alto e tantos outros artefactos que podem contribuir para uma noite de fogo pondo o parceiro louco de desejo.
Dado ser muito improvável tirar a prova dos nove e não podendo fazer como S. Tomé ou seja, ver para crer, (e participar na festa) resta-me ficar a ver navios e a continuar a imaginar, pois como se dizia no Maio de 68, a imaginação é a nossa liberdade.
Pronto ... sei que devia consultar um psicanalista, mas ... fazer o quê???
( há coisas bem piores).

quinta-feira, novembro 19, 2009

Ao Mineiro ou uma pequena homenagem ao Sr. David Rodrigues



Trabalho em S. Pedro da Cova vai para vinte e poucos anos. Já me considero um pouco da terra e gosto de lá estar.
Falar de S. Pedro da Cova é falar sobretudo das minas e da vida dura da gente que lá trabalhou.
Hoje, ao remexer em alguns papéis, encontrei uma fotocópia com o poema "Ao Mineiro", que me foi dado pelo seu autor, o Sr. David Rodrigues, também ele mineiro, e que foi dado a conhecer no dia em que se inaugurou o Museu na antiga Casa da Malta, repositório do passado das Minas.
Foi este Senhor que me ensinou muita coisa dessa história em visitas que lá fiz, que me falava das faltas de condições de trabalho, das lutas, das prisões, das cargas policiais, dos embustes médicos que falseavam as causas das doenças, enfim, da miséria e da opressão, numa autêntica lição de vida dada por um lutador que nunca esqueci.
Infelizmente já não está entre nós mas está sempre presente na memória dos que o conheceram e através do eloquente poema que publico acima, exposto numa parede do Museu.
Para lerem o seu escrito, cliquem na imagem.
Fica aqui a minha pequena homenagem ao Sr David, com um beijinho à Diana.

segunda-feira, novembro 16, 2009

O Estádio do Dragão faz 6 anos


Faz hoje seis anos que num dia de chuva, vento e imenso frio foi inaugurado o novo Estádio do FC Porto, o Estádio do Dragão, sucessor do velhinho Estádio das Antas.
Obra arquitectónica de excelência, muito bonito, funcional, ecológico, fonte inspiradora para novos estádios por esse mundo fora, é o meu Estádio, onde tenho a honra de ter um azulejo com o meu nome numa parede a marcar quem esteve presente nesse dia histórico para as cores azuis e brancas.
Seis anos de vida, cinco campeonatos conquistados, tantas glórias a conquistar ainda.
Nas suas instalações, o que falta mesmo é o Museu. Prometido para breve, venha ele que é uma necessidade.

O Fundo da Linha

Cilque no link para ver o filme.

O Fundo da Linha

A Greenpeace está a divulgar o vídeo "O Fundo da Linha" para alertar para a destruição causada pela pesca de profundidade em águas internacionais.
.Em Novembro deste ano a Assembleia Geral das Nações Unidas vai voltar a abordar este tema e vai decidir os próximos passos relativamente à implementação da resolução 61/105. Esta resolução pede a tomada de medidas imediatas que administrem os stocks de peixe de maneira sustentável e que protejam os ecossistemas marinhos vulneráveis de práticas de pesca destrutivas.
Desde o dia 16 de Outubro, que a Greenpeace está na estrada para sensibilizar consumidores para as ameaças que os ecossistemas vulneráveis em alto mar enfrentam e pressionar os retalhistas a tomar a liderança e parar de comercializar espécies de peixe de profundidade. Estas grandes empresas têm o dever de garantir aos seus consumidores a sustentabilidade de todo o peixe que vendem e de não encorajar a destruição dos últimos refúgios de vida marinha do planeta.

segunda-feira, novembro 09, 2009

Muros maus ... Muros bons...

Que o Muro de Berlim foi uma aberração e que os Berlinenses de Leste só tiveram a ganhar políticamente com a sua queda, é uma verdade incontestável.
Já a nível económico e social tenho as minhas dúvidas, invadidos que foram pelo capitalismo selvagem liberal que não respeita nada nem ninguém desde que se obtenham lucros seja lá como for.
Isto é confirmado por alguma investigação que dá conta de mais de 50% de alemães do leste estão descontentes com a actual situação e acham terem vivido melhor no tempo da RDA.
E num momento em que o Ocidente, histérico, comemora os 20 anos da queda - muito justa - deste muro, esquecem-se que ainda há outros muros da vergonha a derrubar, no Chipre, na Irlanda, na fronteira dos EUA e do México, além do que existe na Cisjordânia com Israel e o território Palestiniano.
Não se vislumbram vontades em resolver estas questões, a hipocrisia é gritante, assobia-se para o lado, deixa-se andar, pois há muros maus e há outros que ... até são bons e se justificam!!!

sexta-feira, novembro 06, 2009

O Liceu Alexandre Herculano e a Revolução de Outubro


Em 7 de Novembro de 1975 um grupo de alunos do Liceu Alexandre Herculano resolveu comemorar o aniversário da Revolução Soviética e hasteou durante algum tempo a bandeira vermelha na varanda.
Tal facto resultou numa contra-manifestação da ala direita que nessa altura já andava a levantar cabelo ( o 25 de Novembro estava próximo) e para evitar que a bandeira fosse arreada, o pessoal entrincheirou-se na sala que dava acesso à varanda, gorando as intenções.
O caso ficou feio e só a intervenção da Dra Palmira, uma professora respeitada e querida por todos, acabou com a séria hipótese de confronto, negociando uma solução de compromisso em que a bandeira ficaria por mais algum tempo e seria depois retirada.
Como o mais importante estava feito, lá acabamos por concordar e o assunto resolveu-se de forma relativamente pacífica.
Interessante foi um comunicado posterior do MRPP que criticava o " renegado"Angelo por ter colocado no poste a gloriosa bandeira do Movimento em conluio com os sociais fascistas (alguns colegas ligados ao PCP). Na verdade o dito Ângelo tinha saído dos MRs e foi a casa buscar uma enorme bandeira que tinha desses tempos, enrolou a parte das letras amarelas da organização do Camarada Arnaldo de Matos ( e do Cherne Barroso, da justiceira Misetsung, etc) e foi esse pano vermelho que flutuou ao vento, do qual guardei a foto histórica que coloco em cima, já um bocado descolorida mas nem por isso menos interessante.
Agora que se comemoram os 92 anos da Revolução de Outubro, lembro estes momentos únicos de uma época em que tudo parecia possível.
E por falar da Revolução, bem que me parece que uma nova revolta está na ordem do dia, numa altura em que cada vez mais as desigualdades sociais se notam e não pára de crescer a exploração a que estamos todos sujeitos por uma minoria detentora do poder.
Aprender com os erros e lutar por uma nova sociedade mais igualitária é uma urgência.

quarta-feira, novembro 04, 2009

Da Casa Margaridense à Casa de Ló









A antiga Casa Margaridense já era como se fosse da família pois o seu Pão-de-Ló, a geleia de marmelada e os deliciosos ladrilhos, também de marmelada, acompanharam-me desde sempre na medida em que o meu Avô e o meu Pai - indefectíveis destas iguarias - volta e meia mimavam-nos com estas belas surpresas. Era uma festa, sobretudo para um guloso como eu.
Entretanto, lamentávelmente, a Casa Margaridense fechou - mais uma machadada nas tradições do Porto - e o edifício por lá ficou à espera de melhores dias.
Passando pelo local há uma semana verifiquei com surpresa que o espaço estava de novo aberto e recuperado, tendo-se transformado em casa de chá, bar com música à noite e um espaço comercial de produtos tradicionais.
Entrei, tomei um chá, comi uma fatia de pão-de-ló, revivi tempos antigos e recordações de infância e acabei por ficar contente que ao menos alguém tenha revitalizado um local tão querido dos Portuenses.
Vale uma visita.
As duas fotos de baixo são da antiga casa, as duas de cima, da actual, sendo que a fachada, alguns móveis e o cofre onde se guardavam as receitas tradicionais permanecem ainda.
Se quiserem ler algo sobre a Casa Margaridense podem fazê-lo aqui e sobre o novo espaço aqui.