quinta-feira, julho 12, 2007

As lágrimas de crocodilo e a deriva autoritária



O nosso douto engenheiro Sócrates mostrou-se chocado com a questão ds juntas médicas que não deram a reforma a dois professores gravemente doentes e os obrigaram, em penosas condições, a regressar ao trabalho, vindo pouco depois a falecer. Entretanto, se consultarmos o JN de 12/7/07, verificamos que mais dois casos estão a acontecer com outras duas profesoras.
Acredito no sentimento genuíno do 1º ministro que até se apressou a tomar medidas para resolver a situação, mas até parecem lágrimas de crocodilo pois estes actos são em grande parte potenciados pela política autoritária deste governo que não respeita nada nem ninguém, que criou uma cultura de desrespeito pelos direitos das pessoas, de desumanização,de ver as pessoas apenas em função da sua produtividade, de medo, que leva a que todos tentem mostrar serviço e sejam agradáveis ao poder não hesitando em denunciar, caluniar e, em casos extremos, obrigar as pessoas a trabalhar sem poder.Outro exemplo deste autoritarismo foi a ida da Ministra da Educação à Assembleia da República onde, confrontada com os inúmeros casos relativos à Educação, nada disse de concreto e continuou no seu pedestal mostrando-se sempre arrogante no diálogo com os deputados.
Esta deriva autoritária deste homem teimoso e intolerante e dos seus ministros,tem sido acompanhada por boa parte da comunicação social, controlada pelo grande capital e a quem convém este estado de coisas.
Fez bem o Presidente Cavaco falar, embora de forma soft, que a democracia tem de ser melhorada e, neste sentido, cabe-nos a nós lutarmos por uma verdadeira democracia participada, intervindo e estandos vigilantes.

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