Augsburgo

Passar por Augsburgo, capital da Suábia, região administrativa do Estado da Baviera, uma das mais antigas cidades alemãs, é passar pelo berço de Brecht ou do Pai de Mozart, é passar pelo palco das lutas religiosas entre católicos e protestantes com os Luteranos a apresentaram ao Imperador Carlos V a sua profissão de Fé, a" Confissão de Augsburgo " e que levou mais tarde à " Paz de Augsburgo " em 1555, com Carlos V a dar liberdade religiosa aos principes protestantes .

Hoje é uma bonita e tranquila Cidade, onde se pode beber uma cerveja ou tomar um chocolate quente nas suas esplanadas pensadas também para o tempo frio e onde não faltam umas mantinhas para agasalhar as pernas .Depois, bem instalados, é só observar os belos edifícios e ver quem passa.

Estar em Augsburgo fez-me lembrar os tempos idos da Faculdade de Letras do Porto e as aulas do infelizmente já desaparecido Dr. Flávio Gonçalves que quando nos dava uma disciplina sobre " Arte Barroca Portuguesa " falava de Mafra, do seu arquitecto alemão natural da Suábia,João Ludovice e da sua influência na construção do Palácio que apresenta nos seus torreões "cúpulas bulbosas como as de Augsburgo", dizia.

Ter estado nesta Cidade fez-me recordar com alguma emoção estes episódios e a figura de um apaixonado Historiador de Arte de quem guardo memória quer das suas excelentes aulas, quer de algumas conversas tidas no autocarro - eramos quase vizinhos - ou na Biblioteca Pública Municipal do Porto onde muitas vezes estive a estudar precisamente para as a sua Cadeira e nos encontravamos com alguma frequência.