quinta-feira, março 11, 2010
Windsor, o tratado, a monarquia e os museus
Hoje não estou com grande vontade de tratar bem os Ingleses depois da debacle do meu Clube em Londres com o Arsenal onde tudo correu mal. Rima e é verdade.
Visitando o Castelo de Winsdor, não pude deixar de pensar em duas coisas ...
1 - o Tratado entre Portugal e Inglaterra em 1386, a mais antiga aliança diplomática ainda em vigor, selado com o casamento de D. João I e D. Filipa de Lencastre que se casaram na Sé do Porto e que gerou a "ínclita geração" com filhos ilustres como o Infante D. Henrique, também nascido no Porto e que nos lançou na epopeia das descobertas.
Se o Tratado teve alguma coisa positiva para nós, teve também aspectos negativos pois contribuiu para um domínio e exploração dos Ingleses sobre Portugal, incluindo o ter sido ignorado com o Ultimato de 1890 devido às questões africanas, desacreditando o Rei Português aos olhos da população por ter capitulado - não poderia ter feito outra coisa - perante a ameaça inglesa e que esteve na origem da implantação da República e da criação de " A Portuguesa", o nosso actual hino desde 1910,música composta na altura para desancar nos britânicos que muito mal se deram na Cidade do Porto onde existia - e existe - uma grande quantidade de súbditos de sua Magestade.
2 - Também dei por mim a pensar no fausto em que vive a monarquia inglesa - Windsor é o seu Castelo de fim de semana - que no entanto utiliza bem a sua "marca" e com aquilo que cobra nos bilhetes permite a conservação dos seus edifícios e ganha algum.
Só não sei se chega para suportar toda aquela gente ou se são os cidadãos, dos seus impostos, a sustentar a maralha real.Não sei mesmo.
E por falar em castelos, museus e afins, sendo que os privados são realmente caros, os museus públicos mais importantes são de borla permitindo ver magníficas pintura na National Gallery ou na Tate Modern, obras arqueológicas fundamentais como a Pedra de Roseta, ou os discutidos frisos do Partenon de Atenas no British Museum ou o acervo do Museu de História Natural.
Um dia destes, para ir com os alunos a Lisboa, ao Pavilhão do Conhecimento, cada jovem teve de dispender 2,5 euros, mais a viagem. Isto é que é o verdadeiro serviço público português ao serviço da cultura.
Pronto, disse mal dos Bifes mas também assinalei alguns pontos positivos.
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