quinta-feira, maio 20, 2010

É preciso ter lata...



Que o sócrates nos anda a dar música, já nós sabemos faz tempo. E continua... Vamos deixando!!!
Hoje a CIP propõem que os subsídios de férias e 13º mês sejam pagos em títulos de tesouro, empresários falam em baixar salários, a banca, salva das suas asneiras com dinheiros do Estado, continua a dar lucros e a ter privilégios fiscais, o nosso primeiro insiste nas mentiras e desculpabilização, não mudando as políticas e prejudicando os do costume...
Um pouco na linha do post anterior aproveitei um excelente post de Jorge Fiel, retirado do Blog "Bussola", que resume bem o que o lamentável socrates anda a fazer.

"Terça à noite, o primeiro ministro foi à RTP tentar convencer-nos de que está inocente e que a culpa do actual cortejo de horrores é do resto do mundo e da conjuntura que mudou radicalmente nas últimas três semanas. Como sou hipertenso, para não me enervar, a partir de determinada altura deixei de o ouvir e distraí-me com o azul da gravata (bem bonita), o branco dos cabelos (tão excessivo que desconfio ser pintado...) e a curiosa forma do seu longo nariz, uma tentação que convida os cartoonistas a caricaturarem-no como Pinóquio.

Lamentavelmente o drama não está nas três últimas semanas. A culpa de uma década de estagnação, da maior recessão desde o 25 de Abril, do recorde do desemprego, da maior carga fiscal de sempre, não pode ser atirada para as costas largas dos tubarões especuladores que atacaram a nossa divida porque Portugal lhes cheirava a sangue. Quando uma ponte cai ninguém no seu perfeito juízo atribui a responsabilidade ao último camião que lá passou - mas sim aos engenheiros que a projectaram e aos empreiteiros que a construíram.

Um parágrafo de um relatório da União Europeia sobre o impacto dos fundos comunitários na última década, chega para passar um atestado de incompetência aos engenheiros e empreiteiros (Guterres, Durão e Sócrates) que projectaram e construíram o modelo centralista e falido de governo em que sobrevivemos:

“Portugal foi o país que mais verbas recebeu em peso no PIB e mais beneficiou desses fundos. Mas foi o país que menos cresceu e onde as disparidades regionais aumentaram mais”.

Se escrevessem isto sobre mim, eu cobria a cara com vergonha, fazia as malas e mudava de profissão."

Jorge Fiel

Esta crónica foi hoje publicada no Diário de Notícias

Sem comentários: