Eu, que adora viajar - se pudesse era viajante profissional - confesso que não gosto muito de cruzeiros.
Achei sempre que são coisas para fazer quando - se puder - estiver já numa provecta idade.
No entanto, como não há regra sem excepção, os únicos cruzeiros que admitia fazer eram os cruzeiros no nosso belo Douro - já fiz - e no mítico Nilo, desde que ouvi o meu primeiro professor de História, há 42 anos atrás, parafrasear Heródoto dizendo " que o Egipto era um dom do Nilo " e sobretudo desde que vi o filme " Morte no Nilo " baseado no romance de Agatha Christie com o mesmo nome, em que o famoso Poirot descobre neste cenário quem matou uma jovem milionária.
Pude agora realizar mais este desejo tendo percorrido o Nilo entre Luxor e Assuão. Se em alguns pontos as margens do Rio continuam verdejantes e cultivadas com o deserto lá ao longe, em outros locais a pressão demográfica vai-se acentuando e as construções correm desenfreadas para as suas margens.
A apanhar um bom ( e forte ) sol na coberta do barco, a parar em locais para visita a monumentos, ou deixando-nos ir na corrente a ouvir música e a beber um chá de menta, contemplativos, é uma enorme sensação.
A minha única decepção foi ter sabido que noutros barcos, por certo com mais estrelas, uma das noites foi ocupada com um espectáculo de ... dança do ventre ... que tanto quero ver e ainda não consegui!!!
De qualquer forma, como quem não tem cão caça com gato, o importante mesmo foi ter percorrido o Rio que deu vida ao Egipto.
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